Branding fora das telas: o poder do offline

Todos os dias, meu trajeto até o escritório dura cerca de seis minutos. É pouco tempo, mas suficiente para algo importante: é o único momento do dia em que não estou diante de uma tela.E foi justamente nesse instante de pausa que percebi algo sobre o branding fora das telas: esse espaço onde as marcas…

Publicado em 8 de outubro de 2025 por Matheus Reis

Todos os dias, meu trajeto até o escritório dura cerca de seis minutos. É pouco tempo, mas suficiente para algo importante: é o único momento do dia em que não estou diante de uma tela.
E foi justamente nesse instante de pausa que percebi algo sobre o branding fora das telas: esse espaço onde as marcas continuam existindo, mesmo sem cliques, notificações ou anúncios impulsionados.

No carro, sem notificações nem mensagens, começo a reparar nas coisas ao redor (outdoors, fachadas, letreiros, vitrines, placas, carros envelopados). Elementos que, até pouco tempo atrás, pareciam ter perdido relevância frente à força do digital, mas que continuam ali, comunicando silenciosamente com milhares de pessoas todos os dias.

A descoberta de uma jornada offline

Foi nesse instante que me ocorreu que essa também é uma jornada do cliente.
Uma jornada offline, feita de estímulos visuais, sons, cheiros e experiências que moldam percepções de marca mesmo quando ninguém está clicando em nada.

Por anos, o marketing concentrou quase toda sua atenção nas telas, e com razão. O digital democratizou o acesso, ampliou o alcance e transformou a forma como as marcas se relacionam com o público.
No entanto, essa mesma imersão no digital fez com que muitas empresas desenvolvessem uma espécie de cegueira para o que acontece fora dele.

O offline como novo luxo

O curioso é que, como aponta a estrategista em branding Beatriz Guarezi, o offline virou um novo luxo.
Em um mundo saturado de estímulos digitais, estar presente no momento real, com atenção plena, tornou-se raro. Além disso, é justamente nesse espaço, o espaço da pausa, da presença, da observação, que o branding encontra novas possibilidades de conexão.

Por outro lado, enquanto as marcas disputam segundos de atenção nas redes sociais, há um público inteiro vivendo experiências reais, caminhando pela cidade, dirigindo, frequentando cafés e eventos. E é nesse fluxo que o offline volta a ter poder: ele permite construir memórias duradouras, não apenas cliques passageiros.

Tudo comunica — dentro e fora da tela

Marcas que compreendem isso voltam a olhar para a rua com estratégia.
Não se trata de simplesmente investir em outdoors, mas de pensar o offline como parte da experiência de marca: o ponto de venda, a embalagem, o aroma do ambiente, o uniforme da equipe, o evento físico, o café oferecido ao cliente.

Dessa forma, cada detalhe se torna um ponto de contato coerente com o propósito e o posicionamento da marca. Assim, o que era apenas uma comunicação visual passa a ser uma vivência de marca, sensorial, autêntica e memorável.

Tudo comunica. Tudo é presença.
E quando a experiência é coerente em todos os pontos, o resultado é uma marca mais sólida, consistente e humana.

Branding é sobre presença

No fim, branding é sobre presença. E presença não se limita à tela.
É sobre estar onde o cliente está, de forma relevante e verdadeira.
Por isso, uma estratégia de marca completa precisa considerar a experiência como um todo, integrando o online e o offline em uma narrativa única.

Talvez o primeiro passo seja simples: olhar pela janela, desligar o celular e perceber o que acontece fora do digital.
Porque é nesse intervalo, entre o semáforo e o próximo destino, que a gente entende de novo o que é construir uma marca que realmente se faz notar.

Leia mais:

Branding em movimento: como a Vero deu início às ativações da Desbrava Ultra Lager

Buscando uma agência de marketing em Criciúma?

Conecte sua marca a resultados reais com estratégias autênticas, conteúdo de verdade e parceria de verdadeiros especialistas em Criciúma. Conte com quem veste a camisa junto!